O fim da era do "almoço grátis"
Operadoras e empresas do setor ainda discutem quem paga a conta em mobile marketing e fazem ajustes criando novas opções de serviços. Uma das percepções é que o preço dos serviços oferecidos em mobile deve baixar. Os anunciantes pagam a conta?
Sandra Silva
21/05/2009 - 14:03
Os palestrantes e debatedores do painel Almoço Grátis: Limites e Oportunidades para os Conteúdos Patrocinados, na 8ª edição do Tela Viva Móvel, que acontece em São Paulo, acreditam em ser elevada a sensibilidade do consumidor brasileiro a preços para conteúdo de mobile, além de levar em conta a concorrência da internet - considerada predatória pelos players de mobile.
O presidente da SupportComm, Alberto Leite, acredita que há no momento uma migração para modelo onde quem paga as contas são os patrocinadores (anunciantes), seguindo o sistema de receita da TV aberta. "A classe C acessa a internet em lan houses e não paga nada para baixar música e games. Preços mais acessíveis em mobile possibilitam o acesso a games e músicas também no celular", afirma Leite.
Já o diretor da F.biz, Marcelo Castelo, acredita que para o forte crescimento da presença dos anunciantes em mobile marketing há o fator preço das campanhas e o processo de aculturação nos departamentos de marketing das empresas. "É mais fácil indicar o Google para o anunciante. Mas nosso trabalho é justamente o de ensinar sobre as novas possiblidades em mobile numa aculturação. Seda, Rexona e Petrobras são cases que a gente fez porque acredita nessa publicidade", afirma.
Para a diretora de SVA da Claro, Fiamma Zarife, o mobile marketing é um business novo na operadora. "O mobile marketing está exigindo um investimento em listas de clientes com mais qualificações, além de contratações de profissionais especializados. Atualmente 9,6% da receita é de serviços de valor adicionado. Mas o cliente pré-pago ainda tem medo de experimentar. No pré-pago, temos oferecido utilização inteligente que incentive esse hábito", afirma.
Castelo, por sua vez, ainda fala sobre outros fatores a serem considerados em mobile marketing: a segmentação versus a popularização e o curto espaço de tempo para desenvolvimento e criação de campanhas. "Fizemos ação da Omo na TIM para mulheres de 25 a 40 anos que moravam ao lado de um supermercado com direito a uma camiseta na promoção. Levamos 45 dias para fazer a segmentação. Nem a agência nem o anunciante têm tempo para fazer isso em grande escala".
A percepção é que o "almoço grátis" está ficando caro. Outra proposta para equalizar a fórmula de receitas e despesas em mobile, proposta pelo gerente de mobile da Abril Digital, Gabriel Mendes, é o pagamento do conteúdo diferenciado pelo consumidor que está mesmo disposto a pagar mais para ter acesso a um editorial mais completo. Retirada na íntegra do M&M on line.
Na minha opinião quem vai pagar a conta de mobile marketing será sempre o mais interessado entre as partes, hora é a empresa, hora será o consumidor, depende sempre do que está sendo oferecido na ação de mobile marketing, mas em muitos casos existe um abuso por parte das companhias, pois quando você compra um produto para participar da promoção e depois descobre que terá que pagar pelo custo de envio pelo celular para baixar o advergame...é o fim da picada!!! Pagar para jogar um advergame que ficará mostrando sua marca o tempo todo na minha mente...isso chega a ser um abuso contra o consumidor, pois o mesmo já pagou pelo produto. Exemplo, promoções atuais em caixa de cereais matinais voltado ao público infanto juvenil. Fica aqui o meu protesto como publicitário e consumidor!
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