terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Número de internautas cresce e assim o marketing digital também crescerá...

Conforme publicação do site m&m on line, postada na íntegra abaixo, o número de internautas cresceu 5,5 milhões de usuários e mostrou que o comportamento deles é acima de tudo colaborativo o que faz da internet um meio próprio de comunicação, disponível, em um futuro próximo, à todos... assim o marketing digital deve seguir estes passos e crescer também. Muitas empresas ainda não acreditam nesta ferramenta por não saberem usá-las, pois os próprios profissionais digitais ainda estão em formação!




Datafolha: 64,5 milhões de internautas

Pesquisa encomendada pela F/Nazca mostra que usuários estão mais participativos

Mariana Ditolvo

01/12/2008 - 16:17

Realizada semestralmente pelo Instituto Datafolha a pedido da F/Nazca, a pesquisa F/Radar revelou que o número de internautas brasileiros chegou aos 64,5 milhões em agosto de 2008 - 5,5 milhões a mais do que o número registrado no primeiro semestre do ano. Isso significa dizer que 48% de toda a população nacional maior de 16 anos já possui acesso à rede. Ao todo foram realizadas 3.003 entrevistas, distribuídas em 172 municípios, sendo que 40% envolvem regiões metropolitanas e 60%, o interior. "Quando tomamos a iniciativa de começar essa pesquisa, tínhamos a idéia de medir o pulso da realidade. Agora vemos que a internet só tem sua evolução confirmada, pelo crescimento e maior penetração entre os cidadãos brasileiros", diz Fernand Alphen, diretor nacional de planejamento da F/Nazca.

Com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, os resultados mostraram que, mais uma vez, a renda da população não possui ligação direta com o acesso do brasileiro à internet, uma vez que 28% acessaram a rede a partir de locais públicos de acesso pago, como as lan houses; 21% o fazem de computadores de amigos ou parentes; 13%, do ambiente de trabalho; e cerca de 10% a partir de faculdades e universidades.

"O interessante é observar que, em todos os levantamentos, aumenta a certeza de que a internet atinge a sociedade como um todo, independentemente da classe social a que as pessoas pertencem ou da região em que vivem", acredita Alphen. Para Guilherme Ribenboim, presidente do IAB Brasil e diretor geral do Yahoo no País, esses dados também confirmam a rede como segunda maior mídia de massa do Brasil, o que justificaria mais investimentos na mídia online. "As pesquisas tendem a aumentar a consciência de que a internet viabiliza a comunicação com mais pessoas através de acordos com um número reduzido de veículos", afirma.

O percentual que diz respeito ao acesso residencial cresceu de 21% no primeiro semestre para 23% neste último levantamento. Houve queda na procura pela internet em postos públicos e gratuitos, como os telecentros, sendo que esse número caiu de 9% da pesquisa de abril para os atuais 6%. Pela primeira vez incluída no estudo, a internet móvel (smartphones, celulares, PDAs e iPhones) apareceu com 6% do total de acessos.

A freqüência com que ocorre o contato do brasileiro com a internet também cresceu, sendo que 38% dos entrevistados afirmaram acessar a web diariamente e 10%, de quatro a seis vezes por semana, o que resulta em 48% de usuários considerados heavy users. Contabilizando os 21% que navegam de duas a três vezes por semana e os 18% que o fazem uma vez por semana, a pesquisa concluiu que 87% dos internautas brasileiros entram na internet semanalmente e que a média de acessos é de quatro dias nesse período.

Conteúdo colaborativo e consumo
Segundo Alphen, um dos pontos de maior destaque da pesquisa diz respeito ao conteúdo colaborativo que circula pelas páginas da internet nacional. Dos 64,5 milhões de internautas identificados pela pesquisa, 55% disseram já terem incluído algum conteúdo na rede. Desses, 46% disseram que essa é uma forma de estreitar o relacionamento com outras pessoas e amigos, enquanto 10% esperam divulgar um trabalho autoral e 7%, ilustrar um fato, história ou notícia veiculado na internet. "Lidar com os conteúdos colaborativos também tem sido um desafio ao mercado publicitário, mas é importante ressaltar que estamos evoluindo com os internautas, e não há razão para achar que estamos defasados com relação aos novos hábitos, já que para os usuários tudo tem caráter de experiência ainda", diz o diretor.

Dentre as formas de relacionamento online, a maioria ainda mantém a comunicação por e-mail (53%), Messenger (52%) e perfil do Orkut (49%). Do total, apenas 7% disseram se relacionar através de um blog ou site pessoal; 6%, postando comentários em endereços de notícias; 4%, postando ou comentando vídeos no YouTube; e 4%, navegando pela blogosfera em páginas de terceiros.

As navegações, para mais da metade dos internautas (51%), são motivadas pela busca de informações, e 48% dos pesquisados garantiram levar em consideração a opinião de outras pessoas ? mesmo que desconhecidas - antes de efetuar uma compra de qualquer natureza.

Canal de Relacionamento
Já consagrada como ferramenta essencial para a pesquisa de produtos, serviços e melhores condições, a internet se mostra cada vez mais também como importante canal de relacionamento com consumidores, uma vez que 26% dos internautas já publicaram opiniões na rede e 20% já efetuaram alguma reclamação online sobre produtos e serviços.

"Esse é um ponto muito relevante da pesquisa porque, apesar de ser de conhecimento geral a participação dos internautas, confirma que esse boca-a-boca vem tomando proporções importantes e é um alerta para as marcas", diz Alphen. "É cada vez mais necessário tomar atitudes corretas. As marcas precisam adotar uma postura de transparência, sem posar de boazinhas, e funcionar de vez como a mídia que une o consumidor e o fideliza através de uma postura emocional", completa.

Para o diretor, porém, é preciso atentar para o uso responsável das informações obtidas nas varreduras feitas pela internet, uma vez que a fronteira entre o que pode causar uma boa ou uma má impressão é muito tênue e a proatividade em reagir pode ser, muitas vezes, considerada uma forma áspera de invadir um espaço e quebrar limites de privacidade dos postadores de opinião.

O estudo apontou ainda que o ativismo do consumidor com acesso à internet aumenta quanto maior a renda e a escolaridade. Dentre os internautas com ensino superior completo, por exemplo, 45% já publicaram opinião sobre produto ou serviço. "Medir o que se fala das marcas na rede terá de ser prática comum às empresas. As pessoas deixaram de levar em consideração apenas o que dizem os conteúdos formais para basear suas escolhas e decisões no que dizem os outros consumidores comuns", comenta Ribenboim.

Comportamento real frente ao virtual
Como acontece em todas as edições da F/Radar, uma pergunta que foge um pouco do padrão é acrescentada à pesquisa com o objetivo de avaliar o comportamento dos usuários pesquisados. "A proposta é sempre tentar obter respostas para questões ainda mal respondidas", explica Alphen.

Nesta edição, o assunto pesquisado diz respeito ao sexo virtual. Questionados sobre essa prática, apenas 4% admitiram já terem feito sexo virtual com alguém, enquanto 25% afirmaram conhecer alguém que já tenha feito.

Já quando a pergunta foi se houve a prática real com alguém que conheceu na internet, 10% afirmaram já terem vivido uma relação e 32% disseram conhecer alguém. Mas qual a relevância da pergunta no contexto? "Nós só queremos acompanhar as mudanças de comportamento e saber se há uma tendência de diminuir a hipocrisia e a diferença entre o que se faz e o que se conta. Queremos, na verdade, avaliar a reação das pessoas à nova mídia e ver como as pessoas começam a se sentir mais à vontade diante dela com o passar do tempo", explica Alphen. 

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