Quem paga a conta do mobile marketing?
Tema dominou as primeiras sessões do Mobile Marketing Fórum, nesta quarta-feira, 25, em São Paulo
Quem paga a conta do anúncio no celular: o anunciante, a operadora ou o próprio cliente? Esta questão se mostrou alvo de opiniões diversas, e dominou boa parte dos painéis e discussões da primeira manhã do Mobile Marketing Fórum (MMA) para a América Latina, nesta quarta-feira, 25, em São Paulo. O evento termina nesta quinta, 26.
Para Abel Reis, presidente da Agência Click, há um pensamento de mídia aberta contagiando anunciantes no Brasil no que diz respeito à gratuidade da mensagem veiculada nos sistemas móveis. "A mídia digital - e móvel - traz uma oportunidade de se pensar diferente; é preciso ter a iniciativa e oferecer algo que o consumidor pode pagar para ter acesso e participar de uma experiência", afirma Reis, completando que as marcas não são apenas estampas e não é preciso que se leve ao anunciante a obrigação de se pagar 100% do valor de entrega.
Já Kleber Tolezani, CTO da agregadora PMovil (dona do serviço de ringtones e truetones Toing, entre outras), acredita que as ações de mobile marketing têm de gerar utilidade para o usuário e não apenas expor a marca. Para ele, o usuário brasileiro já paga caro demais pelo serviço para ter de pagar também por ações de marketing. Ele diz que o mobile tem de ser visto como um meio e "que não adianta fazer uma ação promocional e cobrar R$ 15 por ela". Para ele, o SMS tem de ser usado com inteligência, para que não se sofra o desgaste sofrido com o e-mail marketing.
Em outro momento, Alberto Magno, da M1nd, ao apresentar suas soluções de transmissão de TV ao vivo pelo celular - cases com a TIM, em eventos como Carnaval carioca, XGames, SPFW e o TIM Festival de 2008 - destacou que o número de 4,3 milhões de usuários (no caso do TIM Festival) só foi atingido por se tratar de uma transmissão gratuita ao cliente bancada pela empresa. "A juventude que acessa a internet e que vai fazê-lo pelo celular não paga pelo conteúdo; o anunciante é que vai ter de pagar".
Mercado
Mike Wehrs, presidente e CEO da Mobile Marketing Association (MMA), fez a abertura do evento, com uma mensagem de otimismo, ao lembrar que o setor, em nível global, não vem sendo impactado de forma negativa diante da atual crise econômica. Todas as palestras, painéis e discussões foram permeadas pela premissa de que o potencial e crescimento dos mercados emergentes dão muito fôlego ao segmento, que contabiliza 4,1 bilhões de receptores no mundo.
Michael Becker, vice-presidente executivo de desenvolvimento de negócios da iLoop Mobile, dos Estados Unidos, mostrou cases recentes de ações de mobile marketing no mercado norte-americano, que mostrou em 2008 um crescimento de acesso de internet via celular de 27% - no Brasil, o índice estimado foi de 10%. De acordo com Becker, o desenvolvimento da modalidade passa necessariamente pela ampliação dos acessos móveis à web.
"Cerca de 70% das ligações para os serviços de atendimento ao consumidor são feitas inicialmente pelo celular. Esta é uma excelente oportunidade para armazenar os dados deste cliente e depois poder fazer seu follow-up", disse Becker.
Fonte M&M ON LINE
Na minha opinião o custo da ação de mobile marketing jamais deve cair sobre o cliente final ou consumidor do produto ou serviço. Além de que toda ação deve proceder de forma permissiva, ou seja o dono do celular querer ou não receber tal ação pelo sms. Ele precisa ser OPTIN na lista formada para a ação. A Abemd tem realizado vários congressos e seminários divulgando a boa prática de email marketing e mobile marketing através do selo PROBARE. É preciso que no momento da efetivação do cadastro do prospect pergunte-se a ele se permite ou não receber tais propostas via sms, pois o marketing de permissão jamais pode ficar de fora em se tratando de mobile marketing. Imagine o seu celular tocando sem parar assim como a sua caixa postal recebe emails. Ficaria impossível manter uma linha telefonica desta maneira. Não pretendo ensinar ninguém fazer campanhas de mobile marketing através desse meu comentário, apenas quero deixar um alerta na hora de planejarem uma ação. Vamos respeitar o consumidor para sermos respeitados como publicitários...
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